quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Xeque-mate



Embora eu relutasse contra meus desejos e contra aquele imenso vestido, Rick mostravasse decidido a prolongar a madrugada. Estavamos naquele sofá, entrelaçados em abraços e em carícias. Eu mal conseguia respirar. Sentia uma onda de calor percorrer todo o corpo. Cada beijo era um convite para que eu arrancasse aquele vestido. Era o que eu desejara. Era o que meus lábios vermelhos desejavam.
O coração acelerava, a cada toque, a cada beijo, a cada sussuro no ouvido. Eu o desejara e o amara. Levantei e prendi Rick com o corpo. Ele sorriu e eu aproximei e o provoquei com todos os pensamentos impuros que vinham na cabeça. Ele deixou-se levar pela minha sedução e eu me fascinei com aqueles olhos negros e desejosos.
-Kayla.... Ele me disse enquanto eu tirava delicadamente o laço do vestido. Levantei e virei para puxar o laço. Meu dorso ficou a mostra e revelou um pequeno segredo.
-Kayla isso é....
- Sim, Rick, respondi.
- É uma cereja.
- Uma pequena cereja vermelha
Ele sorriu e olhou-me novamente com aqueles olhos devoradores. Respondi com sorriso misterioso e um olhar de quem já sabia o final da história.
-Eu disse que a cereja do bolo era minha.
Ele suspirou incrédulo e novamente o prendi com o corpo. Ele passou a mão nas minhas costas e eu tremi com a leveza do toque. Passei o laço pelas mãos e o prendi. Agora ele era meu prisioneiro e eu poderia ser selvagem com todos os meus instintos à flor da pele.
Soltei os cabelos. Deixei que os cachos dourados desenhassem meu dorso. Aproximei daqueles lábios vermelhos e beijei com pequenas mordidas. Ele estava sem ar e quase a beira da loucura.
-Você gostou da tatuagem ? Perguntei sensualmente.
-Sim. Ele me respondeu com olhos brilhantes.
Leventei e virei de costas enquanto ele estava preso no sofá ao laço do vestido.
-Que bom . Porque é a única parte que você vai ver esta noite. Respondi decidida.
- Não sou como as outras , Rick. Não sou seu presente de formatura.
- Você realmente pensou que eu seria sua depois do Baile?
- Para mim você sempre foi uma dama. Rick, respondeu com a voz trêmula.
- A dama acabou de te dar um xeque-mate.
Respondi e andei sem olhar para trás. Não suportaria olhá-lo naquele momento. Sai da cabana e corri descalça pela estrada do vilarejo. Ao redor apenas o vento soprava meus pensamentos pecaminosos enquanto os cabelos dançavam no ar e a Lua iluminava a cereja nas costas nua.

Mari

Um comentário:

Unknown disse...

Ah não, Dunst minha. Amo esse filme, demais.